FIM DE ANO: TEMPO DE FESTAS, TEMPO DE CHAMPANHE

FIM DE ANO: TEMPO DE FESTAS, TEMPO DE CHAMPANHE

Nenhuma bebida é tão emblemática de celebração quanto o Champanhe. Seja nas festas de Reveillon em Copacabana com a popular Cidra, ou no pódio da Fórmula 1 com o tradicional Champanhe francês, a imagem da festa está sempre ligada ao borbulhar de um espumante. Mas o que torna essa bebida tão especial e única? Vamos explorar a história e as curiosidades do champanhe, o icônico vinho espumante.

A Origem do Champanhe: Como o Vinho Espumante Surgiu

O Champanhe é, sem dúvida, um dos vinhos mais conhecidos do mundo, e curiosamente, tem um local e data de nascimento bem documentados. O vinho espumante surgiu na região de Champanhe, na França, no século XVII. Muitos associam sua invenção ao monge beneditino Dom Pérignon, famoso por sua dedicação à vinificação.

Dom Pérignon, que trabalhou na Abadia de Hautvillers, em Champanhe, a partir de 1668, é o nome por trás de algumas das mais renomadas marcas de champanhe. Embora as lendas sobre sua descoberta sejam românticas, a verdade é que ele era um perfeccionista que revolucionou a produção de vinhos e aprimorou as técnicas de vinificação na região.

A Lenda de Dom Pérignon e o Vinhedo de Champanhe

A lenda mais famosa é a de que Dom Pérignon descobriu o processo de fermentação do champanhe ao abrir uma garrafa e perceber que o vinho borbulhava. Ao exibir sua descoberta, teria exclamado: “Irmãos, venham, estou bebendo estrelas”. Embora seja uma história encantadora, ela não é totalmente verdadeira. Os documentos históricos indicam que Dom Pérignon não foi o “inventor” do champanhe, mas sim alguém que aprimorou e estabeleceu técnicas fundamentais para a produção de um vinho de alta qualidade.

Seu trabalho ajudou a transformar o vinho da região de Champanhe, que antes tinha pouca reputação, em um produto de prestígio. Dom Pérignon implementou novos métodos, como a seleção rigorosa de uvas, a colheita no momento ideal e o controle de temperatura durante a fermentação.

O Processo de Produção do Champanhe e Seus Desafios

O champanhe tem uma característica única: a segunda fermentação que ocorre dentro da garrafa, gerando as famosas borbulhas. Essa fermentação involuntária criava um desafio logístico na época, pois as garrafas podiam explodir devido à pressão interna. Isso só foi resolvido com a invenção de garrafas mais resistentes, graças a Sir Kenelm Digby, que criou o design da garrafa que resiste à pressão interna dos espumantes.

Como é Produzido o Champanhe

Somente o vinho espumante produzido na região de Champanhe pode ser denominado “Champanhe”. Em outras regiões do mundo, o espumante recebe diferentes nomes, como Cava na Espanha, Prosecco na Itália ou Asti. No Brasil, a produção de espumantes nacionais de qualidade tem se expandido, oferecendo opções de vinhos espumantes premiados e acessíveis.

Como Escolher o Melhor Espumante: Tipos de Espumantes e Acompanhamentos

O Champanhe ou espumante deve ser servido gelado, entre 6 e 8 graus Celsius. A taça ideal para servir é a flute, pois conserva melhor as bolhas da bebida. Ao abrir a garrafa, é importante tomar cuidado: segure a rolha enquanto retira a gaiola de arame e gire suavemente a rolha para evitar a saída violenta, o que pode resultar na perda do gás precioso.

Os espumantes se dividem conforme o grau de açúcar, variando de Extra-Brut (mais seco) a Doux (mais doce). Os espumantes Brut ou extra-brut combinam perfeitamente com alimentos como ostras, salmão defumado e caviar, e são ótimos para acompanhar pratos de comida japonesa. Já o espumante doce é uma excelente escolha para sobremesas, como bolos e sobremesas à base de frutas.

Seja para um evento de Reveillon, uma festa de casamento, ou até mesmo uma celebração íntima, o Champanhe e os espumantes são perfeitos para marcar qualquer ocasião especial. Com suas origens históricas e seu status de bebida festiva, o espumante é sempre uma escolha de classe. E lembre-se: ao escolher o melhor espumante, considere o tipo, a origem e os acompanhamentos perfeitos para uma experiência de sabor única.

Boas festas e uma celebração borbulhante!

Referências: 1- JOHNSON, Hugh. A História do Vinho, Primeira Edição, São Paulo: Companhia das Letras, 2001; 2- SIMON, Joanna. Vinho e Comida, Primeira Edição, São Paulo: Companhia das Letras, 2000. 

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